Uma Vida, Muitas Histórias
- Por: Professora Aleticia Rocha. Alunos: Heloísa
- 15 de mai. de 2018
- 2 min de leitura
A História nos permite olhar para os locais e manifestações de uma forma diferente. Que tal ir à feira livre em busca de informações sobre a cidade.
Como era a vida das pessoas no início da cidade de Colinas do Tocantins? Tinha hospital aqui? Quem atendia as grávidas na hora do parto?
Essa foram algumas das questões que os alunos do 7° A foram perguntar a Creuza Maria Ferreira da Silva. A senhora de 75 anos já exerceu diversas atividades: foi freira, parteira, enfermeira e feirante.
“O que me motivou a ser feirante foi por que o que eu ganhava era muito pouco para sobreviver com muitos filhos. Aí eu peguei um amor muito, muito grande pela feira. Eu gosto, mesmo que venda pouco, eu gosto de ir para lá”
Dona Creuza, durante muitos foi uma parteira. No início de Colinas do Tocantins não havia hospitais e as mães deveriam se dirigir a cidade mais próxima para ter seus bebês. Porém algumas confiavam nela a procuravam em vez de sair da cidade.
Após a chegada do hospital a prática se repetiu e muitas mães continuavam a procura-la. Por isso a Dona Creuza construiu um quarto na sua casa para receber as parturientes. Ela conta que tinha duas camas e dois berços sempre pronto a recebê-las. A prática durou muitos anos e dona Creuza faz parte da História de muitos colinenses. Como a da professora de História, Aletícia Rocha, que foi uma das crianças que nasceram, esta no ano de 1985, na casa de Dona Creuza.
Logo após essa data ela encerrou as atividades de parteira e passou a ficar apenas no hospital. Onde continuava a ajudar as mães. Dona Creuza jamais teve um caso de morte no parto, mesmo em situações difíceis, como no caso de partos de gêmeos e até mesmo de gêmeos siameses.

Hoje em dia exerce apenas a atividade de feirante. Continua a vender artigos de cama, mesa e banho a maioria feita de forma manual, através da costura e artesanato de crochê. Também continua a vender produtos para crianças e recém-nascidos como as mantas que ela mesmo produz e algumas roupinhas que compra e faz a revenda.


A Feirante observa que a feira mudou muito ao longo dos 38 anos que trabalha nela. Especialmente em relação ao número de feirantes que diminui bastante, em grande parte como resultado da competição com lojas e supermercados, concorrência que era bem menor 30 anos atrás. Porém, ao longo dos anos o público de visitantes também se renovou e a feira continua viva e rica de histórias.
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