top of page
ritxoko.jpg
ritxoko 2.jpg
natividade.jpg
Marcio Di Pietro-secom.jpg
natividade 1.jpg

O PATRIMÔNIO CULTURAL TOCANTINENSE

O estado do Tocantins tem duas cidades com conjunto arquitetônico tombado do pelo IPHAN- O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. São elas Porto Nacional e Natividade. Além disto, possui- se as Bonecas Karajás no livro das referências culturais. Possui também 862 sítios arqueológicos cadastrados, até 2014. Conheça um pouco mais sobre eles abaixo e nos visite frequentemente para não perder nada.

BONECAS“RITXÒKÒ: A REPRESENTAÇÃO DO MUNDO KARAJÁ.

As bonecas Karajá “Ritxòkò” foram incluídas no Livro de Referências Culturais do Brasil em 2012 e são uma referência cultural significativa para o povo Karajá.  Os Karajás habitam as margens do rio Araguaia. Lembremos, porém, que eles estão ali muito antes dessas terras serem definidas como estado do Tocantins, Goiás, Pará ou mato Grosso. Pela legislação vigente as bonecas são patrimônio produzido em Goiás e Tocantins. Porem são parte da cultura dos povos Indígenas e a venda das bonecas representam, muitas vezes, a única ou a mais importante fonte de renda das famílias.

O artesanato de cerâmica é feito pelas mulheres da comunidade da Ilha do Bananal e tem um valor cosmológico, sendo fundamental para transmitir a cultura do povo para as crianças. É brincando com as bonecas que as meninas aprendem a ser Karajá, entram em contato os valores, as histórias e os mitos, do seu povo. A confecção das Ritxòkò é uma atividade específica das mulheres e envolve técnicas e modos de fazer considerados tradicionais e transmitidos de geração em geração. A pintura e a decoração das cerâmicas reproduzem as pinturas corporais dos Karajá e às peças de vestuário e adorno consideradas tradicionais. Enfim, elas são a representação do mundo Karajá.


Fonte: https://turismo.to.gov.br/icones/artesanato-e-cultura/bonecas-ritxoko/

https://www.jornalopcao.com.br/opcao-cultural/bonecaskaraja-mais-bela-representacao-indigena-brasileira-do-homem-41703/

NATIVIDADE: MEMÓRIA E VIVÊNCIA EM UMA CIDADE HISTÓRICA

Natividade é uma cidade fundada por bandeirantes que chegaram ao sudeste do Tocantins em 1734. Com uma arquitetura colonial característica das cidades do ciclo do ouro do século XVI e XVII, A cidade teve seu centro histórico tombado pelo IPHAN em 1987. Atualmente a cidade que fica a 220 km da Capital, Palmas encanta por muitos outros elementos que compõem o cotidiano dos nativitanos, como seus festejos, seus biscoitos artesanais, suas ruas, calçadas, casas coloniais com janelas detalhadas em madeira e muito charmosas, além de uma natureza exuberante que pode ser contemplada através da realização de trilhas e passeios no qual é possível aproveitar seus rios e cachoeiras.
Natividade possui uma atmosfera de religiosidade bastante determinante. A religião é o elemento mais notável do patrimônio cultural da cidade, cujo ponto turístico mais famoso é a ruina da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, A igreja de pedra.  Essa que seria a maior igreja da época foi construída em pedra canga pelos escravos. Abandonada ao longo dos anos a igreja hoje é ponto mais visitado da cidade que também possui duas outras igrejas feitas de pedra canga, com altares adornados com pinturas e esculturas do período colonial: a pequenina igreja de São Benedito e a igreja de Nossa Senhora de Natividade, a padroeira da cidade e do estado do Tocantins. A escultura da santa que enfeita o altar é a mais antiga imagem de Nossa Senhora de Natividade e foi trazida de Portugal.
A religiosidade garante um calendário de festividade que dura o ano inteiro tendo como principais destaques a Festa do Divino Espirito Santo, cuja folia e romarias duram cerca de um mês inteiro. A Romaria do Senhor do Bonfim e o giro das folias, que levam a bandeira do Divino Espirito Santo, em longas distâncias pela zona rural durante fazem alusão as andanças de Jesus Cristo e os discípulos durante quarenta dias, e convidando todos para a sua ascensão, no caso da romaria a Ascenção é A Festa da Hóstia consagrada. No sábado e domingo no qual ocorre o final do romaria a cidade de natividade experimenta um intenso sincretismo: As procissões com cânticos típicos dos festejos do Divino, de viés católico porem próprio do reino português, as missas tradicionalmente católicas realizada pelo pároco na Igreja Matriz de Nossa Senhora de Natividade e durante a noite seguem -se as festas modernas do século XXI com músicas atuais dançantes, geralmente forró e sertanejo universitário e muita comida e bebida liberada aos foliões.

TURISMO DE EXPERIÊNCIA EM NATIVIDADE

Bastante focada em preservar e valorizar o seu patrimônio cultural, Natividade investiu numa educação para o patrimônio e busca proporcionar aos visitantes a oportunidade de experimentar verdadeiramente a vida na cidade. Para isso pratica o turismo de experiência ou turismo pedagógico que se caracteriza por viagens de estudo ao meio, é uma ferramenta de auxílio para a construção da percepção da realidade por parte dos visitantes, uma vez que lhes permite entrar em contato com a realidade concreta. Além disso, é capaz de gerar maior interação entre os participantes e o meio visitado.
Na prática, os grupos de visitantes passam o dia fazendo uma imersão na vida cultural: participam do processo de fabricação dos biscoitos e quitutes, colocam os trajes típicos e aprendem a dançar a Sússia, a dança dos antigos povos escravizados, com o Grupo de Danças Tradicionais da cidade, visitam a oficina de joias em filigrana, fazem todo o roteiro do Centro Histórico, a trilha do ouro na serra e tomam banhos nos rios da cidade. Para alunos e professores, a cidade de Natividade oferece um ambiente perfeito para promover a Educação Patrimonial: ali encontramos museus, monumentos, práticas culturais, danças, culinária e toda uma atmosfera favorável a aprendizagem por meio da realidade concreta e vivencia de experiencias tipicamente nativitanas.

PORTO NACIONAL

Porto Nacional foi fundada em 1738 e hoje é uma das maiores cidades do Tocantins, fica a 52 km de Palmas, situada às margens do Rio Tocantins, teve um importante papel para o transporte de mercadorias e pessoas, principalmente vindos de Belém (PA). A cidade é marcada por uma paisagem com caráter histórico por meio da arquitetura colonial, românica e pós-moderna. O centro histórico de Porto Nacional foi tombando em 2008. A área agora sob proteção engloba a parte urbana arquitetada até a década de 1960, inclui o maior monumento e dos maiores cartões postais da cidade: a Catedral Nossa Senhora das Mercês, o Colégio Sagrado Coração de Jesus, construído pelas irmãs dominicanas na década de 50 todo em estilo francês. Os prédios e casarões foram construídos no século XIX. Em um deles funciona o Museu Histórico e Cultural de Porto Nacional com 148 peças doadas pela comunidade. Outro local a ser visitado é a Casa de Cultura, onde o visitante pode conhecer um pouco mais sobre a cultura e a história do município.

De acordo com o Iphan são estes os Monumentos e Espaços Públicos Tombados:  Catedral Nossa Senhora Das Mercês, Seminário São José, Prefeitura Velha e Arquivo Municipal, Caetanato (primeira sede do Colégio das Irmãs Dominicanas), Colégio Sagrado Coração de Jesus, Prédio do Abrigo João XXIII e Biblioteca Municipal Eli Brasiliense, entre outros. 


Catedral Nossa Senhora das Mercês - Situada nas proximidades da margem direita do rio Tocantins, no mesmo local da antiga capela de Nossa Sra. das Mercês, essa obra monumental foi iniciada em 1894 e concluída 1904. Representa a Ordem Dominicana em Porto Nacional, projetada em pedra e tijolos no estilo românico de Toulouse, França (região de origem dos freis construtores). A maioria das suas imagens sacras foram trazidas da França (como o primeiro sino de bronze) e de Belém do Pará.


Museu Histórico Cultural de Porto Nacional - retrata a história de Porto Nacional e de Tocantins, desde a sua origem até os dias atuais, com acervo permanente referente aos séculos XIX e XX.


Seminário São José - Antigo Convento Santa Rosa de Lima e atual sede da congregação dos padres dominicanos, desde do início da década de 1920.

bottom of page